Quem via Bolsonaro há algumas semanas falando alto,
chamando palavrão, todo boçal e valentão, como sempre foi, ficou quase triste
ao ver o “Mito” mais triste do que filhote de pipira na chuva.
Foto: Reprodução/Youtube |
Ao despedir-se do seu ex-ministro fanfarrão,
Bolsonaro estava com o olhar perdido, e quase nem olhava para o que já ia tarde.
Ao abraçá-lo, parece que estava abraçando o dono da Rede Globo.
Bem diferente daquele Bolsonaro da famosa reunião do dia 22
de abril, quando chamou governadores de bosta e excremento. Ou quando gritou
aos seus apoiadores profissionais a expressão “Acabou, Porra!”, referindo-se às
ações policiais determinadas pelo STF contra parlamentares bolsonaristas e ao
seu famoso gabinete do ódio.
Pena eu não tenho do Bozo, diante das inúmeras maldades que
ele vem praticando desde que eu ouvi falar nele, quando ainda era somente um deputado polêmico do baixo clero da Câmara. Porém, fica claro que
a ficha parece estar caindo para ele, com tudo que vem acontecendo ao seu redor, desde as
prisões e apreensões contra seus apoiadores até à captura do seu ex-capataz
Fabrício Queiroz.
Parece que Bolsonaro percebeu que o amadurecimento da democracia brasileira não lhe permitirá “ganhar no grito”, como ele
os filhos pretendem, tentando intimidar os demais poderes e a imprensa. Muito
menos empreender um golpe com apoio das Forças Armadas. Para isso, ele teria
que contar no mínimo com o apoio da maioria dos governadores, o que obviamente
não ocorre. Também há sinalização por parte do alto escalão militar da ativa – diferente
dos militares da reserva (aposentados) que estão no governo – de que não
embarcariam numa aventura golpista ridícula e impopular.
Caída a ficha, creio que só lhe resta levantar a bandeira
branca, rezar para que o Fabrício Queiroz fique de bico calado e continuar
fortalecendo seu “casamento” com os políticos do Centrão, que poderão livrar
sua cabeça de um possível pedido de impeachment no Congresso, para então, caso
permaneça assim, pianinho, chegar ao final de seu agourado mandato. Por que
governar mesmo, a maioria de nós brasileiros já viram que isso é impossível.
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