QUEIROZ PRESO
Ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj, Fabrício Queiroz foi preso nesta quinta-feira em uma operação que investiga o caso das rachadinhas. Ele estava em um imóvel em Atibaia, interior de São Paulo, que pertence a Frederick Wassef, advogado de Jair Bolsonaro e de Flávio. Os investigadores apreenderam dois celulares e documentos com o ex-policial. Há outros mandados sendo cumpridos e a atual assessora de Flávio, Alessandra Esteves Marins, está entre os alvos. Queiroz é amigo de Bolsonaro e suspeito de ser funcionário laranja do senador Flávio quando ele era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio. A prisão foi realizada em operação conjunta das autoridades de São Paulo e do Rio de Janeiro.
INQUÉRITO MANTIDO
O STF formou maioria para manter o inquérito que apura fake news e ameaças à Corte. Os ministros ainda decidiram que Alexandre de Moraes segue como relator da ação. Além disso, a Corte rejeitou , por 9 votos a 1, o pedido de habeas corpus para retirar o ministro da Educação, Abraham Weintraub, das investigações. Como mostra a coluna Radar, Weintraub está na corda bamba há semanas e Jair Bolsonaro aguarda seu pedido de demissão, o que pode ocorrer já nesta quinta-feira. A apoiadores, o presidente não falou sobre a situação do ainda chefe do MEC, mas deu uma indireta ao STF ao citar "abusos judiciais" e dizer que "não quer medir forças com ninguém".
DISCURSO DUVIDOSO
Apesar de Augusto Aras ter sido o autor do pedido de abertura de investigação de atos antidemocráticos que mirou youtubers, publicitários e um deputado federal bolsonarista, os apoiadores de Jair Bolsonaro o pouparam e reagiram de forma pesada apenas contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator da investigação. Bolsonaristas fizeram duras críticas ao magistrado nas redes sociais, enquanto o procurador-geral pouco foi citado. Apoiadores do presidente, inclusive, têm usado a retórica defendida pelo PT por anos para criticar a PF e o STF. Em comum entre os dois extremos, críticas à "espetacularização" de operações e ao "ativismo judicial".
'POLÍTICA DE NÃO FAZER NADA'
O Brasil foi novamente destaque negativo em um grande jornal dos Estados Unidos. Desta vez foi o Washington Post que criticou as ações do presidente Jair Bolsonaro e dos governadores no combate à pandemia. A reportagem destaca que "enquanto outros países se preocupam com uma segunda onda" o Brasil "não consegue superar a primeira" e que o país jamais conseguiu organizar um plano unificado de combate à Covid-19, apesar da evidente expansão do vírus. O fato de grandes capitais estarem reabrindo o comércio também chamou a atenção da publicação. A demissão de dois ministros da Saúde foi outro exemplo negativo citado. Segundo o Post , Bolsonaro optou por uma "política de não fazer nada".
SARA WINTER DENUNCIADA
Conforme mostrou a coluna Radar , o Ministério Público Federal denunciou a militante bolsonarista Sara Winter pelos crimes de injúria e ameaça contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. A peça descreve que Sara usou as redes sociais para atingir a dignidade e o decoro do ministro. Presa nesta semana, a líder do grupo "300 do Brasil" será transferida para a unidade destinada às detentas femininas no Complexo Penitenciário da Papuda, no DF. Por alegar risco de sofrer ataque na prisão, ela ficará sozinha em uma cela. No local, a militante não poderá receber visitas por 14 dias e nem se alimentar com comidas de fora. A defesa da bolsonarista é composta por quatro advogados, que criticaram a privação determinada pela Justiça.
PRISÃO NO RIO
O superintendente de Orçamento e Finanças da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Carlos Frederico Verçosa Duboc, foi preso no âmbito da Operação Mercadores do Caos, que investiga suspeita de fraudes na compra de respiradores durante a pandemia pelo governo Wilson Witzel. A força-tarefa afirma que o esquema desviou mais de 18 milhões de reais dos cofres do estado. Este é mais um duro golpe em Witzel, que corre risco de sofrer um impeachment. A comissão especial que vai analisar o pedido de impedimento será instalada nesta quinta-feira no plenário da Alerj. Na reunião, o grupo de deputados vai escolher os parlamentares que ocuparão a presidência e a relatoria do processo contra o governador.
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