FIM DA LINHA
Como Radar antecipou, Abraham Weintraub desembarcou do governo e deixou o Ministério da Educação . A decisão foi confirmada em um vídeo no qual ele aparece ao lado de Jair Bolsonaro. Além de anunciar a saída, Weintraub revelou que deve assumir um cargo no Banco Mundial, em Washington, nos EUA. Sua situação ficou insustentável após ele defender a prisão dos ministros do STF, além de demonstrar ineficiência à frente do MEC. Seu substituto ainda não foi definido, mas o nome mais cotado é Carlos Francisco de Paula Nadalim, ex-aluno de Olavo de Carvalho e entusiasta do homeschooling, além de crítico do educador Paulo Freire. A decisão sobre o novo ministro deve acontecer nos próximos dias.
O PODER DE DAMARES
O nome da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, ganhou força para assumir o lugar de Onyx Lorenzoni na Cidadania. Como mostra a coluna Radar , a ala militar atua na causa e avalia que a ministra, que viaja o país para defender medidas sociais do governo, possui capacidade de articulação para potencializar agendas positivas na área mais sensível da Esplanada, enquanto a gestão de Onyx não é vista com bons olhos pelos interlocutores do Planalto. Nesta semana, o grupo ganhou uma poderosa aliada: Michelle Bolsonaro. A primeira-dama está descontente com a gestão dos projetos ligados a ela na Cidadania. Para um interlocutor, "a semente para a queda do ministro foi plantada".
RETÓRICA PRESIDENCIAL
Reportagem de VEJA esmiuçou cinquenta discursos proferidos por Jair Bolsonaro ao longo de oitenta dias de pandemia para entender o que eles revelam. Foi constatado que o presidente espalha inverdades, aposta na confusão e não aceita o contraditório. "Bolsonaro é um sujeito que enxerga o mundo em dois polos: quem está com ele e quem está contra", avalia o professor de comunicação Ben-Hur Demeneck, da USP. Entre 881 declarações checadas, o balanço é meio a meio, ou seja, para cada verdade, ele pronunciou uma mentira ou distorção. Frente à maior crise desta geração, o melhor seria que o líder máximo do país se rendesse apenas aos fatos.
A VOLTA DE CIRO NOGUEIRA
Reverenciado no Planalto como o mais novo aliado, o senador Ciro Nogueira (Progressistas) é um influente nome do Centrão. Matéria de VEJA mostra como o político, processado por corrupção e que pertence ao partido com maior número de investigados na Lava Jato, voltou ao centro das negociações por cargos justo em um governo eleito com o discurso contra a velha política. O cacique, que se diz de centro-direita – "Eu e o Bolsonaro temos um perfil muito parecido" –, controla um bloco de 200 deputados capaz de fazer avançar projetos do Executivo e ajudar contra investidas da oposição. A aliança já rendeu à legenda de Ciro o comando de dois órgãos bilionários.
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