Foto: Reprodução/Twitter. |
Diz um antigo ditado político que “não
se deve chutar cachorro morto”. Isto é perfeitamente aplicável à senhorita Sara
Fernanda Giromini, que prefere ser chamada pelo apelido de “Sara Winter”, com o
qual procura celebrizar-se nas redes sociais e a seu grupo autodenominado 300
do Brasil, que vem ganhando fama com ataques de cunho fascista aos “inimigos”
institucionais do seu chefe e inspirador, Jair Bolsonaro. Chamo-os de cachorros
mortos porque não passam de um punhado de militantes profissionais, sustentados
por empresários e políticos bolsonaristas para fazer o chamado “serviço sujo”,
ou seja, sujar a imagem de adversários do chefe e tentar intimidá-los na
contenção às suas medidas autoritárias. Por isso, prender esta pessoa, bem como
mais cinco de seus comparsas, me parece chutar cachorro morto. Porém um chute
que precisava ser dado, a bem da democracia e da integridade das instituições
democráticas.
Sara com Bolsonaro, em 2017, já ex-feminista. Foto: Facebook |
Sara Giromini não é figurinha nova
nas redes sociais. Tenta sair do anonimato desde 2012, quando começou a
praticar seu “ativismo” extremista, usando na ocasião a bandeira do feminismo,
para ganhar ibope, quando também chegou a ser presa por atos obscenos e desacato
à autoridade. Sara chegou a protestar contra seu atual guru, pedindo a cassação
do então deputado Bolsonaro, quando este declarou que “não estupraria a
ex-ministra Maria do Rosário porque ela não merece”. Portanto, é mais do que evidente o
total oportunismo dessa jovem, que nunca foi de fato ativista, nem da direita,
onde encontra-se atualmente, e muito menos de esquerda, há oito anos atrás.
Trata-se de um tipo de figura que se pode chamar de “Robert”, aquele cara que
gosta de aparecer, que gosta de ganhar "ibope" a qualquer custo. Por isso, para mim, sempre ficou bem
claro que a meta semifinal de Giromini neste momento era ser mesmo presa, tornar-se um mártir de
sua “causa” sem noção. A meta final é ser famosa.
Ministro “arrombado”
É por isso que há cerca de um mês
ela gravou um vídeo chamando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
Alexandre de Moraes, de “arrombado”, ameaçando explicitamente não só a ele,
mas a seus familiares e – pasmem! – até sua empregada, que nada tem a ver com a
atuação profissional do patrão.
Portanto, a prisão de Sara “Winter”
Giromini na manhã desta segunda pode atingir dois objetivos, dependendo da
temporada que a loira passe encarcerada. 1) Se ela for solta em no máximo uma
semana, terá alcançado seu principal troféu e subido mais um degrau rumo à fama
que sempre almejou. 2) Se passar pelo menos alguns meses no xilindró, ela terá
tempo e condições suficientes para refletir sobre se vale mesmo à pena fazer
qualquer coisa pela fama e se os crimes que ela vem praticando compensam ou
não.
Agora, maior que a repercussão deste
caso são as reflexões que se pode fazer a partir dele: enquanto valores como
fama, dinheiro, consumismo e poder continuarem prevalecendo junto ao nosso sistema
capitalista, continuaremos à assitir a triste caminhada de nossos jovens
movidos por “valores” como soberba, cobiça, inveja e vaidade, e de vez em
quando novas “saras winters” surgirão, em buscam de seu lugar ao sol da fama e
seus benefícios fáceis e rápidos.
Leia mais aqui no site do UOL.
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