segunda-feira, 15 de junho de 2020

Presa a loira louca por Ibope

Foto: Reprodução/Twitter.
Diz um antigo ditado político que “não se deve chutar cachorro morto”. Isto é perfeitamente aplicável à senhorita Sara Fernanda Giromini, que prefere ser chamada pelo apelido de “Sara Winter”, com o qual procura celebrizar-se nas redes sociais e a seu grupo autodenominado 300 do Brasil, que vem ganhando fama com ataques de cunho fascista aos “inimigos” institucionais do seu chefe e inspirador, Jair Bolsonaro. Chamo-os de cachorros mortos porque não passam de um punhado de militantes profissionais, sustentados por empresários e políticos bolsonaristas para fazer o chamado “serviço sujo”, ou seja, sujar a imagem de adversários do chefe e tentar intimidá-los na contenção às suas medidas autoritárias. Por isso, prender esta pessoa, bem como mais cinco de seus comparsas, me parece chutar cachorro morto. Porém um chute que precisava ser dado, a bem da democracia e da integridade das instituições democráticas.

Sara com Bolsonaro, em 2017, já ex-feminista. Foto: Facebook
Sara Giromini não é figurinha nova nas redes sociais. Tenta sair do anonimato desde 2012, quando começou a praticar seu “ativismo” extremista, usando na ocasião a bandeira do feminismo, para ganhar ibope, quando também chegou a ser presa por atos obscenos e desacato à autoridade. Sara chegou a protestar contra seu atual guru, pedindo a cassação do então deputado Bolsonaro, quando este declarou que “não estupraria a ex-ministra Maria do Rosário porque ela não merece”. Portanto, é mais do que evidente o total oportunismo dessa jovem, que nunca foi de fato ativista, nem da direita, onde encontra-se atualmente, e muito menos de esquerda, há oito anos atrás. Trata-se de um tipo de figura que se pode chamar de “Robert”, aquele cara que gosta de aparecer, que gosta de ganhar "ibope" a qualquer custo. Por isso, para mim, sempre ficou bem claro que a meta semifinal de Giromini neste momento era ser mesmo presa, tornar-se um mártir de sua “causa” sem noção. A meta final é ser famosa.

Ministro “arrombado”

É por isso que há cerca de um mês ela gravou um vídeo chamando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de “arrombado”, ameaçando explicitamente não só a ele, mas a seus familiares e – pasmem! – até sua empregada, que nada tem a ver com a atuação profissional do patrão.

Portanto, a prisão de Sara “Winter” Giromini na manhã desta segunda pode atingir dois objetivos, dependendo da temporada que a loira passe encarcerada. 1) Se ela for solta em no máximo uma semana, terá alcançado seu principal troféu e subido mais um degrau rumo à fama que sempre almejou. 2) Se passar pelo menos alguns meses no xilindró, ela terá tempo e condições suficientes para refletir sobre se vale mesmo à pena fazer qualquer coisa pela fama e se os crimes que ela vem praticando compensam ou não.

Agora, maior que a repercussão deste caso são as reflexões que se pode fazer a partir dele: enquanto valores como fama, dinheiro, consumismo e poder continuarem prevalecendo junto ao nosso sistema capitalista, continuaremos à assitir a triste caminhada de nossos jovens movidos por “valores” como soberba, cobiça, inveja e vaidade, e de vez em quando novas “saras winters” surgirão, em buscam de seu lugar ao sol da fama e seus benefícios fáceis e rápidos.

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